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segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Queda Livre


Estou voltando a lhe escrever novamente velho amigo, tenho que admitir que gosto quando falo com você. Esses dias que tem passado aconteceram tantas reviravoltas, me parece que o mundo está a cada segundo mais louco. Eu vejo tanta infelicidade, tanto vazio, tanto... nada nos olhos das pessoas.
Eu fico pensando, quantas pessoas passam por nós todos os dias? 1.000 pessoas? 2.000? Não dá pra estipular, são tantas, e fico imaginando o que será que elas estão pensando? Com quem será que aquela moça elegante saindo da estação está falando ao telefone? Uma amiga, ou amigo, marido, ou mãe, ou até filho ou filha? E aquele senhorzinho sentado sozinho naquele banco, será que está cansado? Será que sente saudades de sua suposta esposa que possa ter vindo a falecer? Sei lá, sei lá.
Eu tento imaginar uma solução para todo esse vazio que vejo, tento encontrar alguma luz para mostrar para essas pessoas que ainda existe uma vida a ser vivida.
Falta amor, falta luz no coração. Você consegue imaginar o que fazer para devolver a vida delas? Quem dera eu fosse uma heroína, viver para salvar vidas, já imaginou como seria bom? Mas se cada um não faz sua parte, como poderia fazer a minha para ajudar?
Será que essas pessoas já desistiram? Isso de certa forma me aborrece. Por que uma vida boa, tranquila, serena, em paz não pode passar de uma utopia?
Será que é possível reverter tudo isso? A questão é, isso depende somente só, nada mais que só, da vontade vinda de dentro de cada um.
É meu amigo, pôde notar que as coisas aqui não vão bem, mesmo assim é muito bom poder falar com você, aguardo esperançosamente sua resposta.

Com amor,
Assinado R.

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